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Mais de US$ 66 mil (R$ 366,3 mil). O Bitcoin ultrapassou sua marca máxima anterior, de US$ 64.863 (R$ 360 mil), atingida em 14 de abril deste ano, nesta quarta-feira (20). No início da tarde, a cotação da moeda já marcava US$ 66.580 (R$ 369,5 mil) — alta de 5% em 24h. O ativo tem apresentado movimento de alta desde o fim da semana passada.
Nos últimos sete dias, a criptomoeda ganhou US$ 10 mil (R$ 55,5 mil) em valor (cerca de 20% de acréscimo). Em 2021, a valorização acumulada já chega a 127%. Outras criptos também estão em alta. A segunda maior cripto do mundo, a Ethereum, já ultrapassa os US$ 4.095 (R$ 22,7 mil) com alta de mais de 7%. A capitalização total do mercado já ultrapassa os US$ 2,56 trilhões (R$ 14,2 trilhões).
Outro movimento do mercado foi a aprovação do primeiro fundo de índice (Exchange-Traded Fund – ETF) de Bitcoin do país pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (Securities & Exchange Comission – SEC). O ProShares Bitcoin Strategy ETF não investe diretamente em Bitcoin, mas negocia contratos futuros da criptomoeda negociados na bolsa de derivativos de Chicago.
O ETF teve o segundo melhor desempenho de estreia de um fundo de índice da história no país. Na terça-feira (19), quando começou a ser negociado na bolsa de valores de Nova York, registrou US$ 984 milhões (R$ 5,46 bilhões) em volume negociado. Só ficou atrás do ETF US Carbon Transition Readiness, da BlackRock, que chegou a US$ 1,16 bilhão (R$ 6,4 bilhões) em volume quando estreou, em abril.
O produto é visto como essencial para atrair investidores para o Bitcoin, principalmente os institucionais. Além de taxas menores que os fundos tradicionais, os ETFs têm, ainda, maior liquidez e são regulados pelo mercado financeiro. Isso serve como porta de entrada, ainda, para investidores menores que ainda têm medo de comprar criptoativos.
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Para a equipe da Binance Research, o lançamento do ProShares Bitcoin Strategy ETF deve levar à criação de outros fundos de Bitcoin semelhantes. “A Grayscale já pediu para converter seu carro-chefe, o fundo Bitcoin Trust, em um ETF”, aponta.
Previsões de mercado
Especialistas do segmento avaliam que, até o fim do ano, as altas devem continuar. Para Rafael Izidoro, CEO da Rispar, 2021 tem sido muito positivo para a maturação do mercado de criptomoedas. “Com a economia global em crise, os olhos se voltam cada vez mais para o Bitcoin como um excelente investimento, reserva de valor e refúgio contra a inflação”, diz. “Esse ciclo de alta ainda não acabou”, reforça.
Ricardo Dantas, da Foxbit, acredita em novos recordes nos próximos meses e destaca fatores que contribuíram para o movimento atual. “O fato de El Salvador adotar o Bitcoin como moeda legal e de a mineração da moeda sair da China foram positivos para o mercado.”
A maior adoção pelo mercado institucional de forma geral é um dos motivos apontados por Vinicius Frias, CEO do Alter e diretor do Méliuz, para a alta. Ele lembra que, nos últimos três meses, a criptomoeda saiu da casa de US$ 30 mil (R$ 166,5 mil) para os atuais quase US$ 67 mil (R$ 371,8 mil). “Além disso, é um ativo contra a expansão monetária que atinge o mundo desde o início da pandemia.”
Há quem aposte em uma alta ainda mais agressiva até o fim do ano. “O preço pode chegar a US$ 150 mil (R$ 832,5 mil) no fim de dezembro”, avalia Bernardo Schucman, vice-presidente sênior de operações de Data Center da CleanSpark.
Mesmo assim, é preciso ter cautela. “Existe um risco de liquidação considerável no curto prazo. Nesse caso, o valor pode recuar rapidamente”, lembra Henrique Teixeira, country manager do Grupo Ripio. “Por outro lado, os estudos de casos e a utilidade têm se expandido rapidamente, o que pode funcionar como catalisador para que as próximas altas atinjam novos patamares.”
Fonte: InfoMoney